Vamos fazer as pazes?

A professora reuniu a turma para conversar. Perto dela, de cabeça baixa, estavam Davi e Christian, os dois garotos que brigavam na hora do recreio, rolando pelo pátio como cão e gato. Dona Carminha perguntou ao grupo se sabiam por que tinham sido chamados para aquela conversa.

Ninguém se atreveu a arriscar uma resposta.

– Com os alunos envolvidos na briga, nós já conversamos. Agora, é com vocês.

Ela ligou o projetor e terríveis cenas de guerra começaram a passar na tela. Quando desligou o aparelho, ela olhou para a classe e disse:

– Vocês pensam que não fizeram parte da briga no pátio só porque não estavam dando sopapos também? Eu soube que muitos de vocês assobiavam e gritavam, incentivando a luta. E fiquei muito triste.

Dona Carminha pegou um livro preto e grosso, abriu e leu:

– “Bem-aventurados os pacificadores.” Vocês sabem o que é isso?

Nenhuma resposta.

– Um pacificador é aquele que promove a paz, que não incentiva a luta. É quase como um juiz de futebol. Se a confusão se formar, ele a interrompe na mesma hora. E era isso o que vocês deveriam ter feito. Quem quer um mundo cheio de guerra, como as imagens que acabamos de ver? Ninguém. Então, é preciso ser a favor da paz desde agora.

O silêncio reinou no lugar. A professora encerrou o assunto e todos ficaram pensativos.

Como você é: um pacificador ou um agitador? Acha que pode promover a paz em casa, na escola, entre os amigos? Como?

Texto: Sueli Ferreira de Oliveira