Alícia gosta da natureza. Quando ainda pequena, passava horas com os vasinhos de flores da mamãe. Hoje, mais crescida, passa o tempo pesquisando a variedade das plantas e, a cada descoberta, se emociona com a beleza da criação. Alícia foi ao jardim botânico e quando brinca com as amigas, sempre diz ser a dona da floricultura. Outro dia, enquanto procurava espécies diferentes, ela se surpreendeu tanto que, sem querer, deu um grito:
– Não acredito!
– O que foi, Alícia? – perguntou a mãe, assustada.
– Encontrei a flor mais incrível do mundo. Adivinhe de onde ela é.
E, antes que a mãe arriscasse uma resposta, ela foi contando que a flor se chamava rosa-do-deserto. Em seguida, citou suas características, espantada por ter nascido em um lugar em que só há sol e areia, vento e calor de dia, e muito frio à noite. A mãe, maravilhada, aproveitou para ensinar algo importante.
– Alícia, essa flor é mesmo especial, pois conseguiu crescer em um lugar difícil como o deserto. Isso significa que podemos ver beleza até nas piores situações e que podemos ser bons até em meio à maldade. Por isso, se um dia você estiver triste ou em um lugar em que falte amor, você deve ser como a rosa-do-deserto, que floresce para tornar a vida mais bonita, sem se preocupar com as dificuldades ao redor.
Você também pode ser como a rosa-do-deserto na escola, na sua rua ou na sua casa? Como?
Agatha Lemos
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