Um estudo realizado nos Estados Unidos e apresentado na conferência da Associação Americana de Pediatria revelou uma relação entre resiliência e bullying. Ser resiliente está relacionado com a capacidade de adaptação, de resistência e de superação ao lidar com problemas. A maneira como a família lida com questões adversas influencia na probabilidade de a criança sofrer ou praticar bullying.
O estudo analisou os dados de uma pesquisa sobre saúde infantil, na qual foram ouvidos cerca de 50 mil pais de crianças e adolescentes com idades entre 6 e 17 anos. Os pais precisavam responder, entre outros questionamentos, se seu filho sofria ou praticava bullying. Eles também responderam à questão: “Quando a sua família tem um problema, o quão frequentemente você toma uma das atitudes abaixo?” com as alternativas: “(a) Conversamos sobre o que fazer; (b) Trabalhamos juntos para resolver nossos problemas; (c) Sabemos que temos pontos fortes para superar; (d) Mantemos a esperança mesmo em tempos difíceis”.
De acordo com o resultado, a quantidade e a frequência com as quais as alternativas acima eram praticadas influenciaram na prática do bullying. Quanto mais as estratégias eram praticadas por uma família, menos tendência a sofrer ou praticar bullying as crianças daquela família teriam. Isso acontece porque traumas, como momentos estressantes, negligência e abuso, que acontecem durante infância, podem aumentar a prática de violência física ou verbal por parte da criança que sofreu. Dessa forma, concluiu-se também que enfrentar problemas com resiliência, em vez de usar de agressividade ou isolamento, influencia positivamente a criança, melhorando seu comportamento e bem-estar.
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