O escravo e o leão

Ândrocles era um escravo que, ao ter uma oportunidade, fugiu e se escondeu na floresta. Há muitos perigos na floresta: falta de abrigo, falta de alimento, presença de animais selvagens. Para Ândrocles, tudo isso era melhor do que viver na escravidão.

Andando pela mata, ele se deparou com um leão. Pensou em fugir, mas logo percebeu que o leão não iria a lugar algum. Parecia mancar por alguma razão, e gemia baixinho. O leão parou, ignorando Ândrocles, e sentou-se no chão com uma das patas voltada para cima. Foi aí que o homem viu um enorme espinho de porco-espinho enterrado na pata do animal.

Ândrocles se aproximou, olhou a pata e tirou o espinho. Depois, pegou um pouco de água do rio, lavou o machucado e foi embora, deixando o leão ali.

Dias depois, o escravo foi capturado e, como punição, o imperador mandou que o jogassem em uma arena de leão, para ser morto. Para surpresa de todos, na arena, estava aquele leão da floresta, que reconheceu Ândrocles e, em vez de o atacar, apenas lambeu sua mão. Impressionado, o imperador mandou soltar o escravo e o leão.

Isso é apenas uma história inventada na Grécia Antiga por um escritor famoso chamado Esopo, mas que nos ajuda a pensar: Como reagimos diante de uma boa ação? Nós realmente demonstramos gratidão? Pode ser que ninguém tenha que tirar um espinho de você, mas quantas vezes alguém o ajudou de outra forma? Você se lembrou de dizer “Muito obrigado” e demonstrar que estava agradecido?

 

Texto: Sueli Ferreira de Oliveira