Na hora

Téo demorava a sair da cama, pela manhã; costumava chegar atrasado à aula; e, quando pegava algo emprestado, não tinha pressa de devolver.

Um dia, quando ele chegou em casa, com fome, estranhou certas coisas. Já era hora do almoço, mas a mesa não estava posta. Não havia panelas sobre o fogão. Na verdade, nem parecia ter gente em casa. Ele ficou zangado e se trancou no quarto. Tempos depois, a mãe bateu à porta, chamando-o para o almoço.

À noite, como o jantar demorava a ficar pronto, Téo não conseguiu se conter. Ficou furioso, falando em voz alta que, na hora do almoço, já tinha esperado um bocado. O que estava acontecendo naquela casa?

A mãe de Téo sentou-se em silêncio e muito séria, esperando que o filho se acalmasse. O menino desatou a chorar, perguntando por que ela estava fazendo aquilo com ele. Finalmente, a mãe falou:

– Meu filho, o que você achou de não encontrar o almoço e o jantar prontos nos horários em que você estava acostumado?

– Terrível! – respondeu ele, ainda irritado.

– E, quando você vai à escola, suas tarefas estão todas prontas? Você chega em tempo? Você cumpre seus deveres? Respeita horários e responsabilidades?

A mãe se levantou e terminou de preparar o jantar. Téo parou de chorar. Ele era muito inteligente e compreendeu a lição. O que você acha de pessoas que não são pontuais ou não se importam em fazer os outros esperarem por elas? E você, como se comporta?

Sueli Ferreira de Oliveira