Você já ouviu falar em incesto financeiro? A expressão foi cunhada por Brad e Ted Klontz, especialistas na área de psicologia. O incesto financeiro ocorre quando pais agem de maneira inapropriada com seus filhos em relação à temática financeira. Nesse contexto, a criança é exposta a assuntos e obrigada a assumir papéis dos quais ela não deveria fazer parte.
Alguns exemplos de situações que se configuram como incesto financeiro são:
1) Pais que pedem para filhos atenderem telefonemas de cobranças;
2) Pais que culpam os filhos por sua falta de planejamento financeiro;
3) Pais que compram presentes ou levam os filhos para passeios e pedem para as crianças não contarem para o outro cônjuge ou membro da família;
4) Pais que reclamam de problemas financeiros com frequência mas que, de repente, adquirem algo caro.
Para evitar situações de incesto financeiro como as descritas acima, os pais devem entender que há uma diferença entre dar educação financeira e transferir responsabilidades. Quando seu filho pedir algo que você não pode dar, seja breve e fale com sinceridade que não é possível. Mas evite dividir sua insatisfação com ele, afinal, ele não pode ajudar.
Além disso, casos de infidelidade financeira, que acontecem entre cônjuges, devem ser resolvidos entre os dois, sem envolver as crianças.
Os pais também devem se atentar ao próprio nível de preocupação e estresse e, se for o caso, pedir ajuda de um profissional. Planejadores financeiros e psicólogos, por exemplo, podem ser de grande ajuda em momentos de dificuldade financeira.
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