Bom dia, pessoal! Antes de começar a aula, tenho uma novidade: vou eleger um de vocês para ser meu ajudante durante todo o dia.
– Eu, eu… – gritou alguém.
– Ah… quero ser também – falou outra pessoa.
Foi um alvoroço! Todos queriam ser ajudantes da professora Marta.
Eu continuei fingindo que estava lendo meu livro, segurando o riso. Na verdade, aquilo tudo era um plano. Meu plano. E a professora era minha… cúmplice (foi essa a palavra que ela usou).
Quer saber por quê? Vou contar o motivo de toda essa trama para você.
Tudo começou quando…
Estava indo lanchar, com meu delicioso sanduíche de creme de amendoim nas mãos e nem vi a mochila da Ana no meio do caminho. Quando dei por mim, foi tudo pelos ares, e eu direto para o chão. Fiquei morrendo de vergonha, pois todos riram e meu lanche caiu aberto no chão. Nesse instante, senti uma mão me ajudando a levantar e, para minha surpresa, era o Arnaldinho, um garoto humilde de quem ninguém gostava. A gente debochava dele toda hora.
– Você está bem?
– Estou, mas meu lanche já era.
– Se quiser, posso dividir o meu com você.
– Obrigado! Eu estou morrendo de fome!
Então começamos a conversar e percebi que ele era um garoto muito bacana. Logo bateu um arrependimento, pois eu o julguei sem conhecê-lo. Ele me contou que, mesmo com dificuldades, é feliz, pois é abençoado pelo amor de Jesus. Confesso que fiquei um pouco envergonhado de ter debochado dele.
Quando cheguei em casa, contei o ocorrido para meu pai, e ele leu pra mim o Sermão do Monte. Não consegui dormir pensando na passagem que meu pai leu: “Felizes são as pessoas humildes, pois delas é o reino dos Céus.”
– Será que era por isso que o Arnaldinho disse que era feliz?
Foi aí que eu tive a grande ideia, mas para isso eu precisava da ajuda da professora. Peguei todo o dinheiro do meu cofre e dei tudo para ela. O plano era o seguinte: na semana do passeio, ela escolheria alguém (o Arnaldinho) para ser o ajudante do dia, e essa pessoa ganharia um ingresso para o passeio no zoológico.
Fiquei muito feliz ao ver as lágrimas de alegria no rosto do Arnaldinho quando ele ganhou o prêmio e aprendi que ajudar os outros nos enche de alegria também.
Texto: Maria Eduarda R. Teodoro