Autoridade na medida

Fazer as crianças entenderem e respeitarem a autoridade de seus pais é tarefa deles mesmos. Não adianta querer que seu filho o obedeça se você cede a todos os seus pedidos. De forma semelhante, é difícil obter respeito se você educa à base do medo.

Desde os anos iniciais, uma coisa deve ficar clara: a autoridade pertence aos pais e não aos filhos. Assim, não perca sua autoridade diante da criança; a última palavra deve ser a sua. Não é não e ponto final. Por isso, antes de negar um pedido de seu filho, pense bem se essa é realmente a melhor resposta, porque, depois, não é correto voltar atrás em sua decisão.

Proteger, cuidar e apoiar não são sinônimos de satisfazer a todas as vontades da criança. É preciso, sim, demonstrar empatia para com seu filho, mas permanecer firme ao fazer o que é melhor para ele. Quando uma criança não é corrigida nem disciplinada, ela se acostuma a fazer o que quer. No entanto, por mais que aparente estar satisfeita, a ausência de disciplina cria na criança a sensação de que seus pais não a valorizam.

As crianças precisam de limites e de regras bem estabelecidas. O que é errado hoje deve permanecer errado amanhã. Da mesma forma, o que é corrigido hoje também deve ser corrigido amanhã. Além disso, os combinados e promessas devem ser cumpridos, pois, se não, seu filho vai ter dificuldades em confiar em você e de respeitar sua autoridade.

Isso, porém, não significa que os pais devem exercer sua autoridade sem respeitar o filho. 

Para ter autoridade sem ser autoritário, é preciso orientar de maneira clara e concreta, garantindo que a criança entenda, e ensinando com amor. Além disso, dê um tempo para a criança assimilar os novos aprendizados. E, mais do que qualquer coisa, seja o exemplo daquilo que você quer transmitir.