Para Caio, o momento mais esperado do dia era a hora do recreio. E não pense que era por causa das brincadeiras com os amigos. Caio era o rei do lanche e só vivia pensando em comida. Sua lancheira era recheada de guloseimas: salgadinhos, chocolates, refrigerantes, sanduíches… E ele comia tudo sozinho, sem dividir com ninguém.
Tão empanturrado Caio ficava que, quando chegava em casa, nem tinha vontade de almoçar. Nas raras vezes em que colocava o garfo na boca, exigia sempre o mesmo – muitas batatas fritas e sorvete de sobremesa. Dos legumes, verduras e frutas – chamados, por ele, de “coisas verdes” –, ele queria distância.
À tarde, a diversão estava garantida com o computador, a televisão e seus “fiéis escudeiros” – pipoca, bala e brigadeiro. Desse jeito, nem sobrava espaço
para o jantar.
Caio estava feliz assim, mas sua mãe não. Dona Cíntia sabia que seus colegas o chamavam de “Bolão”, de tão gordo que ele estava. Pensando nisso, ela decidiu que já estava na hora de acabar com aquele festival de guloseimas. E era pra já!
No dia seguinte, Caio ficou horrorizado ao abrir a lancheira. Fez uma cara tão feia que os amigos logo chegaram perto pra ver: era só uma pera e um suquinho.
– Comida! – gritou o “Bolão”, desesperado, com o estômago roncando igual a um trovão.
– Tire o olho do meu lanche – esbravejou a Mônica, quando viu o Caio espiando seu suculento sanduíche.
Como todas as crianças protegeram suas lancheiras, Caio resolveu se distrair jogando futebol. Já haviam se passado uns 20 minutos de jogo e a torcida pedia gol. Caio estava pronto para chutar, quando viu, no lugar do goleiro, uma imensa barra de chocolate. O estranho é que, de repente, todos os outros jogadores também se transformaram em chocolate. No meio de tanta confusão, o faminto jogador acabou perdendo a bola para o outro time, que venceu a partida.
Em casa, outro pesadelo. Caio chegou louco para comer, mas só encontrou arroz, feijão e “coisas verdes” no prato. Sem poder atacar a geladeira ou o armário, ele foi assistir à TV. O problema é que, não importava o canal, só aparecia comida. Não teve jeito. Acabou devorando o almoço “verde”.
Ainda bem, que o dia seguinte era sábado. Quem sabe sua mãe iria desistir daquela ideia maluca.
E ele chegou até a acreditar nisso.
– Hoje, é você quem vai montar o prato – afirmou Dona Cíntia, percebendo a satisfação
no rosto do filho.
Só que assim que Caio chegou à mesa, teve uma enorme decepção. As travessas estavam cheias de tudo o que ele não gostava.
– Se comer tudinho, deixo você escolher o que vamos comer no jantar – propôs a mãe.
– Fechado! – gritou Caio, sem hesitar.
No início, foi difícil enfrentar os “vilões” do seu prato, mas logo ele começou a inventar histórias na hora de comer, como a do Superbatata que lutou no mar de alface para salvar a Princesa Cenoura da prisão do terrível Brócolis.
Foi assim que Caio passou a comer de tudo um pouco. Com o tempo, o “Bolão” se transformou em “Magrão” e conquistou o título de melhor jogador de futebol da escola. O segredo para o sucesso: frutas, verduras e legumes todos os dias – mas sem cara feia.
– Ai de mim! Ai de mim! – resmungava Celinha, enquanto caminhava com Débora em direção à sala de aulas.
– O que foi? Não estudou para a prova de Ciências? – perguntou a amiga.
– Estudei muito, mas tive tanto azar até agora. Tenho certeza de que não irá melhorar.
Então Celinha começou a contar tudo o que tinha acontecido com ela até aquele momento.
Pela manhã, na hora de pentear o cabelo, acabou deixando cair o espelho que estava preso à parede. Ele se espatifou em pedacinhos. Segundo o que Celinha sabia, seriam sete anos de azar.
E, ao que tudo indicava, os sete anos já estavam valendo, porque ela mal saiu de casa e já foi surpreendida por um gato preto. Assustada com o que viu, Celinha fechou os olhos, repetindo para si mesma: “Eu não vi isso, eu não vi isso, eu não vi isso…” E aí o que ela não viu foi uma escada encostada na frente de uma papelaria, que o dono pusera ali para arrumar os letreiros da loja. Pobre Celinha! Acabou passando debaixo da escada e só se deu conta disso quando já estava longe, na mesma calçada.
“Não é possível”, pensou a menina consigo mesma. “E olha que nem teremos sexta-feira 13 neste mês de agosto… Mas será que todo esse azar também vale se a sexta for dia 14?” Pensando nessas coisas, Celinha acabou tropeçando numa pedra perto da escola. Por pouco, ela não caiu na frente de todo mundo.
E era por tudo isso que ela resmungava daquele jeito perto da Débora.
Depois de ouvir tudo o que Celinha tinha para contar, Débora fez uma revelação.
– Bem, Celinha, você é uma amiga muito especial. Então acho que posso dividir um segredo com você.
– E o que é? – os olhos de Celinha brilharam.
– Há uma palavrinha que dá muita sorte. E eu sei que palavra é essa. Já que você estudou, posso escrever a palavra neste papel aqui – e Débora escreveu sem deixar que a amiga visse a palavra –, vou dobrar desta maneira e você deve guardá-lo até o fim da prova.
– Isso funciona? – perguntou Celinha, meio desconfiada, guardando o papel dobrado no bolso.
– E muito – garantiu a amiga. – Você vai ver.
A professora entrou na classe e foi logo distribuindo as provas. Celinha olhou rapidamente para a amiga, que sorria para ela muito confiante. De alguma forma, isso deixou Celinha mais tranquila. Como a Débora era legal em dividir com ela aquele amuleto de sorte (será que ela poderia chamá-lo assim?)!
Os alunos começaram a fazer a prova. Imediatamente, Celinha percebeu que as questões não estavam difíceis. “Oba! A palavra mágica já está fazendo efeito!” Ela se inclinou sobre a prova e começou a escrever as respostas.
Depois que a Celinha terminou a prova, percebeu que a Débora também estava entregando a sua. Elas se encontraram do lado de fora da sala, no recreio.
– Obrigada pela palavra mágica! Ela salvou o meu dia – falou Celinha para a amiga.
Então Débora pediu o papel dobrado para a amiga e o desdobrou na frente dela, mostrando-lhe que palavra era essa.
– Confiança? – leu Celinha.
– Não existe palavra mágica – falou Débora. – O que existe é o seguinte: você estudou e só precisava ficar confiante para se sair melhor na prova. As coisas não têm poder para trazer azar ou sorte. Na verdade, o que ocorre na vida da gente não tem nada a ver com isso, mas tem a ver com oportunidades aproveitadas ou desperdiçadas.
– É, acho que você tem razão – concordou Celinha. – Ainda bem que eu não desperdicei meu tempo e estudei para a prova de hoje, senão…
– Senão seria um tremendo azar – completou Débora, rindo e brincando com a amiga.
Gosto de biscoitos redondos, biscoitos quadrados,
biscoitos macios, todos os biscoitos; mas, se eu comesse somente biscoitos, ficaria doente!
Gosto de flocos de milho na refeição da manhã, no
almoço, no jantar; mas, se eu comer somente flocos de
milho, ficarei doente!
Eu gostaria de comer durante quase o tempo todo, mas minha mãe diz:
– Seu estômago precisa descansar.
Portanto, eu como somente à hora das refeições, e não fico doente!
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Evandro sentia um misto de euforia e vergonha no Dia do Brinquedo. Neste dia, todas as crianças da classe traziam para a escola seu brinquedo preferido e, então, todos brincavam juntos, com os brinquedos uns dos outros. Evandro ficava todo animado, pois brincaria com coisas diferentes. Porém, tentava esconder seu próprio brinquedo para que ninguém visse.
Sendo de uma família muito simples, Evandro raramente ganhava brinquedos. Sabendo disto, o avô Lourival o presenteava com carros, caminhões e até bonecos de madeira. Brincar em casa era divertido, mas o garoto sempre tinha receio de que os amigos fizessem alguma piadinha por só trazer artesanato e não um daqueles belos e brilhantes brinquedos que passavam na televisão.
Finalmente, o Dia do Brinquedo chegou. Assim que a professora anunciou a hora da brincadeira, os alunos tiraram da mochila o equipamento de diversão. Evandro aproveitou o alvoroço e depositou no meio dos diversos brinquedos um carrinho artesanal, feito pelas mãos habilidosas de seu avô.
Logo, Evandro encontrou um boneco de astronauta. Não podia acreditar que teria a chance de brincar com aquele brinquedo que piscava luzes e até falava. O garoto, que sempre quis ter um daqueles bonecos, viajou na brincadeira e nunca antes o Dia do Brinquedo passou tão rápido.
Quando a professora anunciou que estava na hora de se arrumarem para a saída, foi aquele tumulto: a criançada correndo, cada um pegando seu brinquedo e colocando dentro das bolsas.
Ao chegar em casa, Evandro teve uma surpresa: alguém havia colocado dentro da mochila o boneco do astronauta e, certamente, esse alguém levara seu carrinho de madeira enganado.
Com o brinquedo nas mãos, Evandro pensou: “Ninguém jamais suspeitará de que eu o peguei.”Porém, essa ideia foi confrontada com a voz de sua consciência. Aquilo seria como roubar alguém. Mas Evandro queria muito ter o brinquedo e sabia que não teria condições de comprar um… O que fazer?
O garoto não conseguiu brincar com o boneco naquela noite e dormiu pensando se o devolveria ou não para o verdadeiro dono.
No dia seguinte, Evandro caminhou para a escola. O astronauta ia dentro da mochila, pois ele já tinha tomado a decisão de devolvê-lo.
Porém, ao chegar no portão, um amigo chamado Vítor o parou, dizendo que, no dia anterior, por engano, ficou com o caminhão artesanal. O pai de Vítor interrompeu a conversa e disse para Evandro que era colecionador de brinquedos de madeira e que, fascinado com o carrinho, queria comprá-lo.
– Não posso vendê-lo – disse Evandro e, depois de pensar um pouco, falou: – Mas ficaria contente se o senhor o aceitasse como presente.
O homem aceitou de imediato e Evandro comentou que também levou um brinquedo errado para casa.
– Esse boneco é meu – disse Vítor ao ver o astronauta nas mãos do amigo. – Ou melhor, agora é seu, pois eu também quero dá-lo de presente a você.
Quase sem acreditar no desfecho daquela situação, Evandro agradeceu o colega e se surpreendeu quando, nas semanas seguintes, brinquedo artesanal virou mania no Dia do Brinquedo.
Texto: Denis Cruz
Fomos visitar Judite. Ela não tem brinquedos. Dei-lhe minha boneca preferida. Fiquei sem minha boneca, mas Judite está muito feliz com ela.
Depois do almoço, mamãe me deu uma laranja. Fui brincar com Maria. Ela não tinha laranja. Dei metade da minha laranja para ela. Isso a deixou muito contente.
O bebê está chorando. Mamãe precisa trabalhar. Eu gostaria de brincar com meus brinquedos, mas fui brincar com o bebê. Isso deixou mamãe feliz.
Sinto falta de minha boneca, a metade de uma laranja não foi suficiente para mim, e eu não queria brincar com o bebê. Mas fiquei contente.
Mamãe disse que Jesus também ficou contente.
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– Só me diz se vai doer.
Mas, na verdade, isso não era tudo o que a Ana Carolina queria saber. Ela também ficou perguntando por que, afinal, tinha que tomar vacina. Já não tinha tomado uma quando tinha cinco anos? Não era a última que devia tomar até ter 15 anos? “Tinham dito isso”, ela argumentava na sala de espera do posto de saúde.
– De uma vez por todas, filha, entenda: este é um caso especial – tentava explicar a mãe, pacientemente. – Todo mundo que viaja para áreas de risco, como nós vamos fazer, tem que tomar vacina para ficar protegido.
– Se eu tiver febre, posso colocar um pano úmido na testa. Sei que vai passar…
– Com febre amarela não é assim, filha. Quem contrai a doença precisa se tratar em um hospital, para que a situação não fique mais grave. Por isso, é melhor se prevenir.
– Por que essa vacina não é de gotinha? Devia ser… – disse Ana Carolina.
– Não se preocupe. Dói menos do que uma picadinha de formiga – mais uma vez a mãe tentou tranquilizar a filha.
– Mas, mãe…
E não houve tempo para mais nenhuma pergunta porque uma das atendentes do posto chamou o nome da menina, que arregalou os olhos mas acompanhou a enfermeira até a sala de vacinas. Enquanto a enfermeira preparava a vacina, a menina olhava para a mãe com a carinha mais preocupada do mundo. Então, a enfermeira se aproximou, Ana Carolina virou o rosto para o outro lado, fez uma careta e… acabou. Pronto! Tinha tomado a vacina.
Dez dias depois, a família toda partiu de férias para o centro-oeste do Brasil, uma região linda, com muitas plantas diferentes e animais interessantes. Nas áreas urbanas, visitaram casarões e igrejas do período colonial – uma beleza! Ana Carolina tirou fotos maravilhosas e aproveitou cada passeio. Ela voltou de lá cheia de histórias para contar. E hoje, se você perguntar: E a vacina, Ana Carolina, doeu?, ela vai responder: Doer… doeu, mas valeu!
Maurício não gostava de ir à escola. É que todos os meninos da classe sempre caçoavam dele por causa do seu cabelo vermelho. Eles o chamavam de Foguinho. Isso o aborrecia muito. Tanto que, certa noite, ele confessou à mãe:
– Ah, mamãe, detesto o meu cabelo. Por que ele tem que ser desta cor?
– Meu filho, não ligue para o que os outros falam. Cada pessoa é de um jeito. Uns têm cabelo crespo, outros, liso, e cada um de uma cor diferente. Se você der a atenção a esses moleques, vai deixar com que o Senhor Complexo tome conta de você.
– O Senhor Complexo? Quem é ele, mamãe?
– Bem, o Senhor Complexo é um terrível agente inimigo que, se deixarmos, entra disfarçado em nosso pensamento e destrói tudo o que somos. Por isso, devemos nos aceitar como somos. Veja, por exemplo, os animais da floresta: cada um tem suas próprias características.
Maurício não entendeu muito o que a mãe havia dito e dormiu preocupado, pensando no tal Senhor Complexo. Sua cabeça estava “voando”… Não demorou muito para que dormisse e sonhasse:
Era uma linda manhã na floresta. Todos os animais brincavam despreocupados e felizes. De repente, uma nuvem negra se aproximou. Era o Senhor Complexo! Ele começou a atuar na mente dos animais, sem que ninguém percebesse.
O primeiro a ser atingido foi o Tucano. O Senhor Complexo lhe cochichou:
– Você não tem vergonha, seu narigudo? Com um nariz tão grande assim, você não deve achar nem lenço para comprar!
Em seguida, foi a vez da Coruja:
– E você, por que ainda não fez uma cirurgia plástica? Com tanta feiura, nunca vai arranjar casamento!
Ao Elefante, ele disse:
– Rapaz, você está gordo, hein! Devia fazer um bom regime…
E assim foi ele, criticando a tudo e a todos. Chamou a Girafa de pescoçuda, ao Macaco, de magricelo; ao Leão, de hippie cabeludo.
Foi então que, de uma só vez, todos na floresta resolveram mudar o visual. A Coruja fez uma plástica; o Tucano operou o nariz; o Elefante emagreceu; a Girafa deu um jeito de encurtar o pescoço; o Macaco fez ginástica e ficou fortão; e o Leão adotou um moderno corte de cabelo, quase careca.
Mas foi o aí que um grande problema surgiu. Certa noite, um grupo de ladrões entrou na floresta para assaltá-los. A Coruja, como sempre, estava de guarda para assustar os bandidos. Mas, como estava muito bonita, os bandidos nem deram bola.
Quando o Leão ouviu os ruídos, rugiu e deu ordem aos guardas para que prendessem os bandidos. Mas os guardas não o reconheceram; e não obedeceram.
Só restavam três chances: o Elefante, com seu peso e força, deveria amedrontá-los; a Girafa deveria apanhar cocos nas copas para servir de munição; e o Tucano deveria atacá-los a bicadas.
Mas que decepção! Agora, por causa do terrível Senhor Complexo, o Elefante estava magrinho, a Girafa não alcançava o coqueiro e o Tucano não tinha mais bico para atacar. Bem que o Macaco tentou chamar reforço, mas estava tão musculoso que arrebentou logo o primeiro galho em que pulou! Foi um desastre…
Então, Maurício acordou. Ele correu para abraçar a mãe e contar a ela o sonho. Daquele dia em diante, foi um menino mais feliz, aceitando-se como era, sem dar ouvido ao terrível Senhor Complexo.
Joãozinho estava tão feliz! O tio lhe havia dado dois lindos coelhos. Um era pardo e o outro, branco e preto. O tio trouxera também uma gaiola verde para os coelhos. João prometeu cuidar deles sozinho, e fez exatamente isso durante muitos dias. Alimentava-os, limpava a coelheira e, de vez em quando, os deixava sair para um passeio. Algum tempo depois, no entanto, em vez de cuidar dos bichinhos, ele saiu para brincar.
– E os coelhinhos, João? Não é hora de alimentá-los? – perguntou a mãe.
– Sim, mamãe, vou fazer isso quando voltar. Carlos ganhou um filhote de labrador e vou vê-lo. Voltarei logo.
Mas João demorou bastante e, ao voltar, estava com muita fome. Ficou surpreso ao ver a mesa limpa, e a mamãe não estava em casa. Encontrou o pai assistindo ao jornal e perguntou:
– Papai, quero jantar. Estou com fome. Onde está a mamãe?
O pai, que sabia tudo a respeito dos coelhinhos famintos, respondeu:
– Sua mãe me disse que ia visitar uma amiga.
João achou estranho.
– Mas, papai, estou com fome… – e seus olhos se encheram de lágrimas.
O pai chamou o filho para perto de si e disse:
– João, todos nós temos tarefas a cumprir. Se não cumprirmos nossos deveres, outras pessoas sofrerão. Temos de continuar, dia a dia, fazendo as mesmas coisas. Nem sempre queremos fazê-las, mas sabemos que isso é necessário. Todos os dias, vou ao escritório, para trabalhar e ganhar dinheiro para o nosso sustento. Sua mãe cuida do nosso conforto em casa e prepara as refeições. Você não está triste porque ela não cumpriu seu dever, mas saiu para passear?
O garoto concordou com a cabeça.
– Ora, é assim que você tem tratado os coelhos. As pobres criaturinhas dependem de você. Não podem cuidar de si mesmas, e você as deixou lá na coelheira. Sua mãe saiu para lhe ensinar uma lição.
Exatamante nessa hora, mamãe entrou em casa. Joãzinho se aproximou dela e, abraçando-lhe, disse:
– Mamãe, eu não sabia como era terrível passar fome. Vou alimentar meus coelhos agora mesmo.
Sem demorar mais, o menino fez o que havia dito que ia fazer. Ao voltar, a mãe já havia preparado um bom jantar. Daí em diante, João nunca mais se esqueceu de alimentar os coelhos, de servir a alguma pessoa que confiasse nele ou de fazer alguma coisa que dele dependesse.
Meu pai diz que há pequeninos germes vivendo ao meu redor.
Olho para cima, para baixo e para trás, mas não vejo germe algum.
Os germes podem me deixar doente se eles entrarem dentro de mim.
Não posso ficar com a boca fechada o dia inteiro.
Mas posso fazer alguma coisa para que os germes não entrem.
Posso conservar os dedos fora da boca.
Posso lavar as mãos antes de comer.
E posso tomar banho.
Germes, germes em todo lugar!
Não posso ver nenhum deles, mas não os quero dentro de mim.
Texto: A Escada da Vida
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Está na hora de levantar, mas minha cama está tão quentinha… Mamãe vem e me ajuda a tirar o pijama e escolher uma roupa para vestir. Ela diz que ter disciplina é bom para mim.
Está na hora de tomar meu café da manhã, mas estou brincando com meu cachorrinho. Mamãe o põe para fora e diz que ter disciplina é bom para mim.
Está na hora de escovar meus dentes, mas estou ocupado com um livro. Papai pega a pasta de dentes e diz que ter disciplina é bom para mim.
Está na hora de fazer minhas tarefas, mas prefiro brincar. Mamãe me ajuda a começar. Ela diz que ter disciplina é bom para mim.
Está na hora de dormir, mas quero ouvir outra história. Papai me carrega para cama. Ele diz que ter disciplina é bom para mim.
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