Ele achou incrível que os pássaros pudessem se manter no ar, pesados como eram.
– Se os pássaros podem voar, por que nós temos que ficar presos ao chão? – ele disse para si mesmo.
Naquele dia, voltou para casa disposto a provar que uma pessoa também podia voar. Como ele gostaria de ser um passarinho e sair voando por aí! Queria poder ver toda
a fazenda lá de cima! Como seria? Deveria ser maravilhoso!
Alberto não podia sossegar. Passou a inventar balões diferentes; criou muitos modelos de pipas; e construiu até mesmo pequenos aviões com hélice e elástico, para brincar.
Enquanto Alberto crescia, o sonho de voar crescia junto com ele.
Um dia, algo terrível aconteceu: Seu Henrique, o pai de Alberto, ficou muito doente. Seria necessário viajar para bem longe, em busca de tratamento. Ele decidiu levar o filho consigo.
Na viagem, Alberto conheceu alguns balonistas e quis muito passear de balão, mas ficou espantado com os altos preços pedidos e acabou deixando isso de lado.
Numa visita a uma livraria, Alberto encontrou um livro sobre um construtor de balões chamado Sr. Lachambre. Depois de muito procurar, ele encontrou oficinas do Sr. Lachambre e ficou surpreso com os bons preços pedidos pelo homem. No dia seguinte, Alberto pôde dar sua primeira volta num balão. Foi fantástico!
Depois disso, tornou-se piloto de balões. Com o tempo, foi adquirindo mais e mais conhecimento sobre balonismo. Seus livros favoritos eram os de Júlio Verne, sobre
viagens aéreas e submarinas. Foi nesses livros que Alberto aprendeu um pouco sobre aeronáutica.
Reunindo toda a coragem e conhecimento sobre balões, Alberto decidiu desafiar a lei da gravidade, com uma impressionante máquina voadora. Só então seu sonho seria realizado. Assim, em julho de 1906, Alberto Santos Dumont (esse era seu nome completo) fez experiências aéreas com um novo veículo. O aparelho era mais pesado que o ar e passou a se chamar 14-Bis. Esse invento rendeu a Alberto Santos Dumont o título de “Pai da aviação”. Hoje, há modernos aviões no céu do mundo inteiro graças a essa invenção.
Alberto Santos Dumont morreu no Guarujá, litoral paulista, em 1932, três dias depois de completar 59 anos. Além do avião, ele inventou o relógio de pulso, o chuveiro de água quente e uma porção de outras coisas interessantes e curiosas.
O menino que queria voar mostrou que um sonho pode se tornar realidade!