Ter um bichinho de estimação era tudo o que Ricardinho mais desejava. Ele gostava muito de animais, gatos, coelhos, tartarugas… Também gostava de pássaros e peixes, mas ficava triste quando via os bichinhos presos em aquários e gaiolas. Mas, de todos os animais, o que ele mais gostava era do cachorro. Ele sempre ouviu dizer que “o cachorro é o melhor amigo do homem” e pensava que poderia ser dos meninos também.
Ricardo queria descobrir como era ter um cachorro amigo (ou um amigo cachorro? Tanto faz). Os pais de Ricardo diziam que cuidar de um cachorro não era nada fácil: alimentar, dar banho, levar para passear e, o pior, ajuntar a sujeira que ele fazia na grama. E, nas viagens de férias, quem tomaria conta do bichinho? Mas nada disso fazia com que Ricardo desistisse de viver a experiência de ter um cachorrinho.
Ele começou a pesquisar as raças de cachorros na internet, nas enciclopédias e sempre passava na loja de animais para ver os filhotes que estavam à venda. Descobriu que existem muitas raças: grandes, pequenas, com pelo curto ou longo. Ficou admirado ao saber que cada raça tem um comportamento, alguns são cães de guarda, outros são farejadores, guias para pessoas cegas. Geralmente os cães são muito brincalhões, gostam de bolinhas e outros brinquedos, mas alguns são bem sossegados e dormem boa parte do dia.
Ricardinho economizou toda a mesada, o papai completou a quantia que precisava e, um dia, eles foram à loja de animais. Ao chegar, o garoto viu cada filhote e não sabia qual levar para casa. Todos eram lindos! Percebeu que lá no fundo da loja havia outra gaiola com filhotes. Foi depressa ver de que raça eram. Não conseguiu identificar. Então perguntou ao dono da loja:
– Moço, que raça é esta?
– É um cachorro sem raça definida, conhecido como vira-lata. Eles não estão à venda; estão disponíveis para adoção.
O menino olhou para o filhotinho que tinha o pelo bem pretinho e as patas brancas e gostou muito dele. Pensou nas brincadeiras que poderiam fazer juntos; e a casinha de cachorro que Ricardo já tinha daria certinho para esse cãozinho morar.
– Pronto, já decidi. É este que vou levar. Afinal de contas, o verdadeiro amigo não se compra; é um presente.
Ricardinho aproveitou o dinheiro que economizou e comprou ração, sabonete, coleira e alguns brinquedos para o Tuco, o nome que o cãozinho recebeu. Eles foram para casa bem juntinhos e assim uma grande amizade começou entre os dois… Ricardinho logo descobriria por que o cachorro é o melhor amigo do homem!